Neste artigo vou tocar num ponto complicado da reabilitação de edifícios. A reabilitação ideal para mim é a que apenas se aproveita as alvenarias exteriores, quando o edifício já tem lajes de piso e mesmo de cobertura, a reabilitação torna-se muito mais limitada.

 

As pessoas de antigamente, quando surgiram as lajes aligeiradas, muitas delas faziam os edifícios sem estrutura, ou seja, a laje apoiava na alvenaria e aqui está o problema que nos limita na reabilitação deste tipo de construções. Quando as lajes apoiam em alvenarias, remover divisões interiores é um risco, porque essa parede pode ser de suporte, pode também acontecer a laje não ter tarugos nem vigas adequadas ao vão e poderemos estar a colocar a lajem perigo de ruina ou mesmo de ganhar lomba.

Nestas situações, o que podemos em primeiro lugar fazer é tentar saber o historial, com alguém que tenha acompanhado a obra, perceber a composição da laje, e aí colocar vigas metálicas para reforço, juntamente com pilares, que vão sempre ficar visíveis. Isto são logo coisas que vão encarecer a obra e limitar em termos de estética.

Daí que prefiro uma reabilitação livre, com lajes em madeira que posso demolir sem problemas e conseguir desenhar os espaços com menos limitações. Eu sou da opinião de que todos os espaços, com mais ou menos limitações, são possíveis de revolucionar, tudo depende da pessoa que o desenha. Quanto mais complexa a situação mais gosto me dá de desenvolver. Espaços em que aproveitamos as alvenarias exteriores, ainda assim vamos ter que nos limitar aos vãos exteriores para desenhar e adaptar os espaços.

Para concluir, na minha opinião, e com base na minha experiência, é mais barato essa reabilitação mais livre, sem lajes, do que que com lajes, para além de ser mais rápido e se poder resolver muitos problemas de humidades ascendentes e condensações, bem como isolamentos térmicos e acústicos, que conseguimos tornar mais eficientes.

 

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